No principio eram...
Vagas de um mar lá fora
Vagas de um mar lá fora
Promessas
Números
E funções
Pareciam coordenadas
E retas
.... Depois
Ah, depois tomaram vida
Potenciaram ao máximo o ápice do caos
E sufocaram-no
Gargalharam verticulares
Sorvendo sangue e verbo
Calcularam milimetricamente
A triangular sedução
Pobres palavras destroçadas
Perdidas num mar de retas
Dos livros e sagas de outrora
Quedam-se
Obliquas e caladas
Aunque desesperadamente
Ainda sussurrem:
Escreva-nos...
Ah, que densa e absurda aritmética
Em meio ao turbilhão do dia lá fora
Poleto absorveu
Euclidianamente
na fumaça de um vago trago
o incógnito prazer
do insano ser
e tudo parece possível
nas lógicas e inumeráveis equações de viver
Para meu amigo Poleto e as insanidades da vida!
Para meu amigo Poleto e as insanidades da vida!