sigo descalça entre corpos e sonhos depedaçados
sentindo entre-os-dedos ausência de verve vida
há pedras, espinhos e ferrugem
guiando estes passos bêbedos e famintos
chove agora num lugar qualquer
dançam violentas sob carne e esperança
velhas lágrimas desperdiçadas
unhas e esmaltes descascados de outrora
sobre os destroços da última guerra
sentindo entre-os-dedos ausência de verve vida
há pedras, espinhos e ferrugem
guiando estes passos bêbedos e famintos
chove agora num lugar qualquer
dançam violentas sob carne e esperança
velhas lágrimas desperdiçadas
unhas e esmaltes descascados de outrora
sobre os destroços da última guerra
asas cortadas sob agônica aurora
ainda há flores no caminho
ah, estas pétalas sanguinolentas
ferem de espanto minhas iris
farpas em cilios quase adormecidos
ácida e lasciva cor em boca-e-dente
estilhaça meus sentidos
resquícios de sonhos e gemidos
ainda há flores no caminho
ah, estas pétalas sanguinolentas
ferem de espanto minhas iris
farpas em cilios quase adormecidos
ácida e lasciva cor em boca-e-dente
estilhaça meus sentidos
resquícios de sonhos e gemidos
sigo em pés desnudos e lamento violino
esqueço-me, anjo perdido em ancestral batalha
Corvo 2? =)
ResponderExcluirMuito bom, mocinha!
Ainda estou saboreando À sombra do Corvo.. depois dessa fico ainda mais inspirada.
ResponderExcluirO caminho de volta, a guerra interior que todos enfrentamos, após a guerra seguir o caminho ou seria o "descaminho"?.Gostei da poesia e da forma como ela retrata os descaminhos que conhecemos
ResponderExcluirhttp://intercon-x.blogspot.com/
Lindo, Tânia. O toque triste é perfeito.
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