Ah criança, faz assim não.
Lá fora, não é vento o que você escuta.
É a Cuca.
Tânia Souza
Assim como o Bicho-Papão, o Velho do Saco e outras doces criaturas do folclore, a Cuca surgiu para assustar a criançada. Principalmente, as mais teimosas e arteiras. É, não é fácil ser uma criança criativa quando esses seres lendários andam por perto.
Criança sem sono? Pois o trechinho da cantiga garante o sono... “nana neném, que a cuca vem pegar...” só não garante que os pesadelos não venham. Afinal, “o papai ta na roça, a mamãe foi cozinhar,” e quem quer que seja que esteja cantando, não está muito interessado em ficar acordado, portanto... Quem gostaria de esperar para vê-la?
Além da aparência metade mulher, metade jacaré, famosa pela versão televisava do Sitio do Pica-Pau-Amarelo, conforme o local onde ela reina, assume diferente aparência.
Uma velhinha descabelada, corcunda, enrugada, rosto ameaçador, hummm... melhor não aprontar heim gurizada, pode ser a Cuca.
Ou ainda, metade mulher, rabo de jacaré e cara de coruja? Cuca!
Mora em um pântano, caverna ou em um lugar bem escondido na mata? Cuca!
E é quando a noite chega, que ela sai. Para onde e por quê? Dizem - os que dizem coisas que nem sempre queremos dizer - que ela sai em busca de crianças insones, e para onde as leva... ahm, melhor nem saber.
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