No escuro
Por Tânia Souza
Suores. Tremores. A respiração dificultada pela mistura rançosa de madeira e desinfetante. Sim, ele era um monstro oculto sob a cama aguardando sua vítima. Deleitando-se com pensamentos corrompidos. Nem sempre fora assim, porém, viciara-se no sabor amargo, no escuro inundando-o até sentir-se horrendo a ponto do acre na garganta parecer-lhe sangue.
Os pés da moça no quarto. O coração acelerado. A saia branca revelando-lhe a pureza de velhos dias. A pele febril de possibilidades e o suor escorrendo. Um monstro e o trêmulo prazer de sê-lo.
Olívia suspirou. O jovem paciente do quarto 210 escondia-se. Podia ouvi-lo respirando pesadamente, os pés aparecendo sob a velha armação. Inclinou-se, estendeu as mãos e o chamou. Ele sorriu. As mãos esconderam a agulha pontiaguda e o rosto delicado nada revelou sobre os pensamentos recentes.
Naquela noite, o monstro já estava alimentado.
Como este conto não foi classificado no concurso do Estronho, eu não sei...Ah, não devem ter lido, só pode!!! Incrível angústia! Sensacional ansiedade! Senti isto mesmo ao ler-te!!
ResponderExcluirOo... deu nervoso! hehehe
ResponderExcluirMuito bom isso!!
Beijos sangrentos da vampira Laysha.
Victor, Laysha, que bom que gostaram, acho muito difícil escrever minicontos. Victor, acho que os outros contos devem estar bem melhores, é bom que vou treinando. Valeu pela visita! ^^
ResponderExcluirPerturbador. Adorei!
ResponderExcluirVixe!
ResponderExcluirEita... Gostei!