16 de jul. de 2009

Pesadelos


Pesadelos


Certa noite, um sussurro eu ouvia
Rastejante, um pesadelo renascia

Vencendo o medo que angustia
Ousei olhar o que o escuro sugeria

Ah... O que vi debaixo do lençol
Foi angustiante sina, foi meu mal.

Um terrível monstro sem tentáculos
Tornava o meu medo real 


Asquerosa respiração me assustava
Com dois olhos enfermiços
A criatura tenebrosa me espiava

Desde então, dormir não já posso

Se fecho meus dez olhos eu vejo
A pequena fera, o ser infernal
Esperando que meu sono venha afinal.


Tânia Souza

Dedicado à querida sombria Celly Borges.

11 de jul. de 2009

Pesadelos II

Pesadelos II

Ai de mim, pobre de mim
O meu quarto tão querido
Transformou-se num inferno
Em sombras de dor e medo
Oculta-se um segredo

Um Deus em degredo
Aqui faz morada
Chegou sem aviso
Este monstro e seus bramidos
Alimenta-se de gemidos
Escraviza meu juizo
Tortura a minh’alma

E se não estou sozinho
O peçonhento aguarda
Ataca na hora apropriada
Só ousa ameaçar-me
Para refeição tão horrível
Quando chega a madrugada

Este ser tão terrível
Sonda minha mente
Com milhões de tentáculos
Começa o espetáculo
Desfaz os segredos
E sorve meus medos

Disso se alimenta o medonho
Dos mais cruéis caminhos
Que trilho nos sonhos