23 de jun. de 2010

Poleto e a ordem


No principio eram...
Vagas de um mar lá fora
Promessas
Números
E funções
Pareciam coordenadas
E retas
   ....  Depois
Ah, depois tomaram vida
Potenciaram ao máximo o ápice do caos
E sufocaram-no
Gargalharam verticulares
Sorvendo sangue e verbo
Calcularam milimetricamente
A triangular sedução

Pobres palavras destroçadas
Perdidas num mar de retas
Dos livros e sagas de outrora
Quedam-se
Obliquas e caladas
Aunque desesperadamente
Ainda sussurrem:
Escreva-nos...

Ah, que densa e absurda aritmética
Em meio ao turbilhão do dia lá fora
Poleto absorveu
Euclidianamente
               na fumaça de um vago trago
               o incógnito prazer
               do insano ser
e tudo parece possível
nas lógicas e inumeráveis equações de viver

Para meu amigo Poleto e as insanidades da vida! 

3 comentários:

  1. Receber uma homenagem dessas é para deixar qualquer um orgulhoso!

    Parabéns, Tania, conseguiu traduzir em belas palavras o momento atual! :)

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  2. Autêntico!
    Tania, parabens pelo layout novo...adorei...=)
    Beijos!

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  3. Eeee, sr. Poleto também ganhou um poema da T.

    A Tânia sabe brincar com as palavras incrivelmente!

    Parabéns!

    Ainda esperamos seu livro, T.

    ^.^

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