31 de out. de 2009

Bruxa, bruxinha, bruxilda, bruxosa

Bruxa, bruxinha, bruxilda, bruxosa  
Por Tânia Souza


Ei, psiu, venha até aqui
                           Não tenha medo de mim
                  Olhe bem nos meus olhos


Tente não estranhar

Neste mundo existe
Cousas de espantar
 

               Meu caldeirão está fervendo
            Com baba de morcego, flor azul
                  E outras coisitas mais...

Eu sou uma bruxa tão famosa
Por maldades diversas sou temida
Hoje, quero contar um segredo
Que guardei por toda vida

                  Não sou má, talvez ma de luca

                      Sou uma moça esquisita
                  Vestida de preto, como tantas
                     Pois essa cor é tão bonita
   
  E em vez de piercing, olhe bem
   Adoro as verrugas que meu nariz tem
 

E as botas em couro, bicudinhas
Na verdade acho uma gracinha...

                 Minha risada escandalosa?
                 Ka ka kak ka ak aka kak ka…!
                 Não difere muito da sua a gargalhar.

Só por que eu danço em noites de luar
Não precisa me condenar

                       Gosto de magia, de escutar a vida
               Sei segredos da terra e das árvores
           Elas falam de magias escondidas
     Mistérios do mundo inteirinho

        E se n'alguma noite escura
        Uma descabelada garota passar
        Voando em vassoura enlouquecida
        Não precisa se assustar, nem soluçar
Com a tal chapinha não me acostumei
E deixo meus cachos soltos no ar

Sou bruxa, bruxinha, bruxilda, bruxosa
Mas sou mesmo uma menina divertida
Que não tem com quem brincar

           Não tenha medo desse meu olhar
           No calderão não vou lhe empurrar
           Isso é intriga, mentira da braba
       
Veja e prove dessa fervura multipla
É uma gostosa e mística poção
Para minhas verruguinhas amaciar

              Meu namorado é um gnomo majestoso
              E adora comigo, sob o luar passear

              Esta noite ficarei bem escabrosa
                       Para ele se encantar
                     Sou uma bruxa moçoila

         Quinhentos anos é idade boa pra casar

                 Se amaciar bem as verrugas
                 Se arrepiar o cabelo
                 E com perfume de morcegos
                 Meu pescoço adornar
ai ai ai bem sei

Ele vai se declarar

Esse é o segredo que queria contar
Uma bruxa apaixonada presenteia
Quem seu caminho passar
                 
           Ofereço-lhe uma taça da poção
           Para a sua beleza aumentar

E um belo gnomo verruguento
          
Ou uma feiticeira encardidinha
                                  
Por você vai se enamorar...

3 comentários:

  1. Já disse que quero meu gnomo verruguento!!!

    Bela poesia T, uma 'foufura'.
    bjo

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  2. Te mandaria um por chaminé, mas, er, pode ser Bueiro Expresso?

    Gnomo verruguento saindoooo...

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  3. Poxa depois do conto do Pedro, quero uma certa distância de bueiros...

    Mas manda meu Gnomo por sedex...

    :P

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