Sonhei-me num cemitério: os túmulos eram azuis, flores multicoloridas estremeciam na brisa e vultos esguios surgiam em alguns cantos... não importava, eles não estavam ali por mim, nem eu por eles... os ipês amarelos derramavam flores e douravam o azul. Talvez eu tenha caminhado numa tela de Van Gogh.
Meus pés estavam descalços, sentia entre os dedos a areia fina, não como na praia, mas como no quintal de minha casa, quando ainda menina brincava e sentia o frescor de Gaia me chamando sob a sombra das árvores mais antigas.
Eu estava morta e no instante seguinte, eu estava viva. Os vultos, talvez caminhassem cada um em uma tela particular: mansas, intensas, suaves tempestades... seguiram seus passos, os meus.... ainda esperam.
Tânia Souza 01/11/2009
Un escrito encantador. Ligero y frágil a la vez que intenso. De un encanto especial.
ResponderExcluirUna maravilla leer tus letras, tus palabras.
Un beso.
Diego
Talvez apenas a inquietante intensidade de se estar vivo, ou... pensar que se está, besos a ti e gracias pela presença.
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